Você já deve ter notado a nova “moda” do parto humanizado por aí. Mas agora vou provar pra você que isso não é uma moda.
A verdade é que foi necessário que isso fosse interpretado como sendo “moda” para que as futuras mamães e os bebês recém nascido recebessem um tratamento digno, respeitoso.
Acompanhe agora este artigo que vou explicar.
O início – parto humanizado
Antigamente, desde o início (podemos dizer assim), as mulheres tinham seus bebês através do parto normal (via vaginal). No entanto eram com as parteiras, sem a presença (ou até existência de médicos).
No entanto tinha um protocolo a ser seguido. Algo formal, digamos assim. Exemplo disso é que a mulher devia ficar deitada. Era como se isso fosse uma regra.
E quando as intervenções médicas começaram, a situação ficou mais padrão ainda. Vamos aos exemplos, em partos normais.
A mulher precisava ficar deitada com as pernas abertas, não era permitido ninguém ficar com ela (não havia acompanhante).
Em alguns casos era até mesmo amarrada. Não era permitido nenhum tipo de alimentação antes do parto, ao contrário, era realizada uma lavagem intestinal.
Isso para não correr o risco e evacuação durante o parto em si (fase expulsiva).
E quanto ao bebê? Mal nascia, via a mãe por alguns segundo e logo ia para o berçário para tomar banho, vestir roupinha e tal.
O que significa humanização – parto humanizado
O atendimento humanizado nada mais é que respeito. Respeito à paciente futura mãe. Respeito às vontades dela.
O parto normal não é um ato cirúrgico para que tantos protocolos sejam obedecidos à risca. E é por esse motivo que a parturiente precisa de um acompanhante, precisa permanecer da maneira como se sentir confortável e por aí vai.
A implantação do que entendemos como parto humanizado é totalmente o oposto do que entendemos como violência no parto.
A violência obstétrica é descrita justamente como o desrespeito à gestante durante o momento do trabalho de parto e parto ativo.
A humanização não acontece apenas com a parturiente. Precisa acontecer também com o bebê. Isso por que muitos procedimentos realizados neste processo acontecem de forma automática, sem a análise prévia da real necessidade de determinado procedimento para aquele paciente.
O que a considerado como violência no parto?
Muito do que é violência de fato passa desapercebido por muitos e muitas mulheres. Vamos à alguns exemplos do que se enquadra a violência no parto:
- Obrigar a mulher a permanecer em uma determinada posição (que ela não queira) durante o parto normal.
- Xingar e dizer palavras inapropriadas durante o trabalho de parto
- Subir na barriga como forma de acelerar o parto ativo
- Aplicar anestesia ou até mesmo episiotomia (corte no períneo) sem a prévia autorização da mulher durante o processo de parto.
O simples fato de centralizar o poderio do nascimento nas mãos do médico e deixar parturiente sem opinião, é um desrespeito imenso e na minha opinião uma grande violência.
Isso porque o nascimento não é um ato para salvar vidas, e sim para gerar uma vida. Então é necessário que haja o equilíbrio para que o fator salvar vidas, entre em ação somente quando for realmente necessário.
E quando o parto for cesáreo?
Você sabia que há muitas mulheres que desejam parto normal e são convencidas a ter uma cesárea eletiva?
Isso é considerado violência obstétrica, visto que cesárea é uma cirurgia, sendo obrigatoriamente utilizada para salvar vidas.
O “convencimento” médico de que a cesárea será melhor para a parturiente por muitas vezes razões sem fundamentos, priva a futura mamãe de seu maior sonho: ter um parto natural.
Muitas vezes tudo isso acontece por falta de informação por conta da gestante. Mas em outras, o médico simplesmente aproveita a confiança que sua paciente deposita nele, agindo de má fé.
Portanto, independente da via de parto, a violência é real, e pode acontecer de qualquer modo. A maior necessidade é que as gestantes se informem bastante para que todo o planejado para o parto se cumpra.
É interessante e sugerido, envolver mais de uma pessoa (o acompanhante) nesta situação, já que no momento com certeza ela será sua porta voz em algum momento.
Você conhece alguém que passará por isso? Compartilhe agora!
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